Problemas que afligem a Alma
“Basta ao dia o seu próprio mal”, reconheceu
Jesus. No dia a dia confrontamos com males diversos que roubam a nossa paz e a
nossa tranquilidade. Como ser felizes diariamente em meio a males e aflições?
Nesta série de
estudos abordaremos assuntos como depressão, ansiedade, desânimo, ângústia,
solidão, o mal uso da língua e a inveja, através das exposições bíblicas, com o
objetivo de superar esses sentimentos. Mas antes, faremos uma breve reflexão
sobre o que é a alma, para definirmos melhor o assunto.
Alma/ definição
A Alma é um principio
inteligente que anima o corpo e usa os sentidos físicos como agente na
exploração das coisas materiais. Na alma está a personalidade, a vontade, o
intelecto e as emoções do homem.
Origem da alma
Este é um assunto que
tem gerado vários questionamentos: Quando surge a alma no ser humano? Vários
conceitos surgiram e neste breve estudo citaremos dois principais sobre este
assunto.
Traducionismo
De acordo com este conceito, as almas dos homens são reproduzidas
juntamente com os corpos pela geração natural e , portanto, são transmitidas
pelos pais aos filhos. Desde os dias de Lutero, o Traducionismo tem sido o conceito
geralmente aceito pela Igreja Luterana. Seus defensores alegam favorecimento
pela descrição bíblica segundo a qual Deus, uma única vez soprou nas narinas do
homem o fôlego de vida, e depois deixou que o homem reproduzisse a espécie
(Gênesis 1.28; 2.7).
Criacionismo
Neste conceito, cada alma individual deve ser considerada como uma imediata
criação de Deus, devendo a sua origem a um ato criador direto, cuja ocasião não
se pode determinar com precisão. Não significa necessariamente que a alma é
criada primeiro, separadamente do corpo, mas pode simplesmente significar que a
alma é chamada à existência por um ato criador de Deus. O argumento principal a
favor do criacionismo se diz respeito as origens diferentes do corpo e da alma
descritos na Bíblia (Eclesiastes 12.7).
Dicotomia ou Tricotomia / Definição
Como a Bíblia divide o
ser humano? Ou melhor, ela o divide? Somos uma criatura dividida? Como entender
corpo, alma e espírito?
Antes de procurarmos um posicionamento que se aproxime das escrituras, é importante definirmos os termos tricotomia e dicotomia.
Antes de procurarmos um posicionamento que se aproxime das escrituras, é importante definirmos os termos tricotomia e dicotomia.
–> tricotomia: o termo, que significa uma “divisão em três partes” (gr. tricha, “em três partes”; é aplicado na teologia à divisão tríplice da natureza humana em corpo, alma e espírito. Esse conceito desenvolveu-se da divisão dupla feita por Platão [...]. Os escritores cristãos primitivos, influenciados por essa filosofia grega, acharam a confirmação da sua opinião em 1Ts 5.23: “os mesmo Deus da paz vos santifique em tudo; e o vosso espírito, alma e corpo, sejam conservados íntegros e irrepreensíveis na vinda de nosso Senhor Jesus Cristo”. Em uma versão de tricotomia, Deus habita o espírito (a pessoa interior) e o liberta da escravidão à alma (pessoa exterior) e ao corpo (a pessoa mais exterior) e faz a alma e o corpo subservientes ao espírito.
–> dicotomia: este termo, que significa uma divisão em duas partes (grego dicha, “em dois”; aplica-se na teologia àquele conceito de natureza humana que sustenta que o homem tem duas partes fundamentais no seu ser: o corpo e a alma/espírito, uma parte material e outra imaterial.[2] Por influência de Agostinho e dos reformadores protestantes, a dicotomia tornou-se a opinião estabelecida na teologia ocidental. J. G. Machen, por exemplo, afirmou ser inquestionável que a Bíblia “reconhece a presença de dois princípios ou substancias distintos no homem – o corpo e a alma” (Eclesiastes 12.7). Para ele, e à maioria dos exegetas, alma e espírito simbolizam a mesma realidade.
Ambas as doutrinas estão corretas, quando reconhecem que espírito ou
alma representam a parte imaterial e imortal do homem e o corpo a parte
material. Verdade é que o espírito e a alma são tão ligados que ambos se
confundem. Por exemplo:
Em Eclesiastes 12.7 é o espírito que volta a Deus. Em Apocalipse 6.9 é a
alma;
Em Mateus 10.28 a parte do corpo que não morre é a alma. Em Tiago 2.26 é
o espírito.
Atributos da Alma/Espírito
Intelecto. É a nossa
faculdade de julgar, recordar, imaginar e raciocinar. Isto nos diferencia dos
outros animais.
Vontade.
É a nossa capacidade de querer, desejar, ter impulso para a ação e
manter perseverantemente tal ação.
Consciência.
É a voz interior que soa com a nossa própria voz, criticando os nossos
atos.
Livre Arbítrio.
É a capacidade de escolher, de decidir, de optar. É por esta capacidade
que somos responsáveis diante de Deus.
A FACULDADE VOLITIVA
JÓ 6.7 ; 7.15
A FACULDADE INTELECTUAL
SALMOS 139.14
LAMENTAÇÕES 3.20
A FACULDADE EMOTIVA
LUCAS 1.46
DEUTERONÕMIO 6.5
EMOÇÕES DO DESEJO
SALMOS 84.2
MATEUS 12.18
EMOÇÕES DO SENTIMENTO
JÓ 19.2
SALMOS 107.5
Onde estão as almas ou
espíritos dos finados?
A resposta bíblica
pode ser resumida em alguns pontos, que não pretendem ser exaustivos, mas que
representam o pensamento evangélico histórico e reformado sobre o que acontece
após a morte.
Imediatamente após a
morte, as almas dos homens voltam a Deus. Seus corpos permanecem na terra, onde
são destruídos.
As almas dos finados
não caem em um estado de sono ou de inconsciência após a morte.
As almas dos salvos
em Cristo Jesus entram em um estado de perfeita santidade e alegria, na
presença de Deus, e reinam com Cristo, enquanto aguardam a ressurreição de seus
corpos.
Esta felicidade não é
impedida pela memória de suas vidas na terra, uma vez que agora eles consideram
tudo à luz de perfeita vontade de Deus e do Seu plano perfeito.
Sua felicidade e
salvação é somente pela graça de Deus.
Eles não têm poder de
interceder pelos vivos ou tornar-se mediadores entre eles e Deus.
As almas dos perdidos
não são destruídas após a morte, mas entram em um estado de sofrimento
consciente e de escuridão, tirados da presença de Deus, enquanto esperam o dia
do julgamento.
Não há outros estados
além destes dois após a morte. Não há qualquer base bíblica para a doutrina do
purgatório e nem da reencarnação.
Nem as almas dos
salvos nem as dos perdidos podem voltar para a terra dos vivos após a morte.
Todas os fenômenos considerados como a ação de almas desencarnadas deve ser
atribuída à imaginação humana ou à ação de demônios.
A realidade da morte e da sobrevivência da alma deveria nos lembrar sempre das palavras de Jesus: "De que adiante ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma?"
Bibliografia
- Teologia
Sistemática – Louis Berkhof
- Blog: ‘O Temporâ”-
Augustus Nicodemos
- Blog :“ Portal de
Teologia e Missões”
- A Cura da Alma
- Pastor Missionário Joá Caitano
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