Jacó Armínio

Após a sua
morte, a sua objeção ao padrão reformado, a Confissão de Fé Belga, provocou uma
ampla discussão no Sínodo de Dort, resultando nos cinco pontos do calvinismo em
resposta aos ensinamentos de Armínio.
Armínio, que
nasceu em Oudewater, Utrecht, ficou órfão enquanto ainda era jovem. Seu pai
Herman (o nome Arminius/Armin representa a forma latinizada de Hermanszoon,
"filho de Herman") morreu, deixando a sua mulher viúva com crianças
pequenas.
O pastor
Theodorus Aemilius adotou então Jacó e o pôs na escola de Utrecht. Contudo,
esse pastor veio a falecer em 1574 e outro nativo de Oudewater, Rudolph
Snellius, levou-o a estudar em Marburgo, onde Snellius era professor. A família
de Armínio morreu durante o massacre espanhol de Oudewater em 1575. Armínio
retornou à Holanda e continuou seus estudos de teologia na Universidade de
Leiden, onde permaneceu desde 1576 até 1582.
Estudos
teológicos
Armínio
permaneceu estudando em Leiden de 1576 a 1582. Entre seus professores de
teologia estavam homens como o calvinista Lambertus Danaeus, o hebraísta
Johannes Drusius[, Guillaume Feuguereius, e Johann Kolmann. Kolmann acreditava
e ensinava que o alto calvinismo tornava Deus um tirano e carrasco. Embora a
Universidade em Leiden fosse reformada, ela tinha influências de visões
luteranas, zwinglianas e anabatistas. Um dos pastores de Leiden (Caspar
Coolhaes) mantinha, contra Calvino, que as autoridades civis não têm jurisdição
em alguns assuntos eclesiástico, que era errado punir e executar hereges, e que
os luteranos, calvinistas, e anabatistas poderiam unir em torno de princípios
fundamentais. O astrônomo e matemático Willebrord Snellius usou a filosofia
ramista numa tentativa para incentivar os seus alunos a buscar a verdade, sem
excesso de dependência de Aristóteles. Sob a influência desses homens, Armínio
estudou com dedicação e plantou sementes que começariam a se desenvolver em uma
teologia que posteriormente competiria com a dominante teologia reformada de
João Calvino. O sucesso que ele mostrou em seus estudos motivou o sindicato dos
mercadores de Amesterdão a financiar os próximos três anos de seus estudos.
Em 1582, Armínio
começou a estudar com Teodoro de Beza em Genebra. Ele se viu em apuros após usar
técnicas ramistas familiares a ele. Armínio foi proibido de ensinar
publicamente a filosofia ramista. Após esta difícil situação, ele se mudou para
Basileia para continuar seus estudos. Ele continuou a se distinguir como um
excelente estudante. Em 1583 quando Armínio estava prestes a retornar à
Genebra, a faculdade de teologia da Basileia espontaneamente lhe ofereceu um
doutorado.Ele se recusou a receber esta honra por causa de sua juventude (ele tinha
cerca de 24 anos de idade) e voltou para a escola em Genebra a fim de terminar
a sua formação sob Beza.
Recomendações de
Beza e Grynaeus
Beza em 1605
Após a conclusão
dos estudos de Armínio e um pedido para ser pastor em Amsterdã, Teodoro de Beza
respondeu aos líderes em Amsterdã com a seguinte carta:
“...Que lhes
seja conhecido que a partir do momento em que Armínio voltou a nós de Basileia,
a sua vida e aprendizagem nos têm sido aprovadas, então esperamos o melhor dele
em todos os aspectos, se ele constantemente persistir no mesmo objetivo, que
assim seja pela bênção de Deus, e não duvido que ele irá. Entre outros dons,
Deus o dotou com um intelecto apto tanto a respeito da apreensão quanto da
discriminação das coisas. Se este [intelecto] doravante ser regulado pela
piedade, que ele aparenta assiduamente cultivar, será inevitável que este poder
de intelecto, quando consolidado por idade e experiência madura, produzirá os
mais ricos frutos. Essa é a nossa opinião sobre Armínio – um jovem, sem dúvida,
na medida em que somos capazes de julgar, mais digno de vossa bondade e
liberalidade. ”
—Teodoro de Beza
para Amsterdã,Carta de 3 de Junho de 1585
A partir desta
carta, parece que a antiga tensão da atração de Armínio pela filosofia ramista
havia se dissipado e Armínio era conhecido até mesmo por Beza como um excelente
teólogo em desenvolvimento. Três meses depois, Johann Jakob Grynaeus da
Universidade de Basileia enviou esta carta de recomendação:
“Aos piedosos
leitores, saudações: Na medida em que um testemunho fiel de aprendizagem e de
piedade não deve ser recusado a qualquer homem instruído e piedoso, então, nem
a Jacó Armínio, um nativo de Amsterdã[sic], por sua conduta, enquanto
participante da Universidade de Basileia foi marcada pela piedade, moderação e
assiduidade no estudo; e, frequentemente, no decurso de nossas discussões
teológicas, ele tornou o seu dom de um espírito exigente tão evidente a todos
nós, assim extraindo de nós merecida parabenização. Mais recentemente, também,
em extraordinárias preleções entregues com o consentimento, e ordem, da
Faculdade de Teologia, no qual ele expôs publicamente alguns capítulos da
Epístola aos Romanos, nos dando uma grande base para esperar em breve o que ele
estava destinado — se, de fato, ele continuar a reavivar o dom de Deus que está
nele — para realizar e sustentar a função de ensinar, para que ele possa ser
legalmente separado, com muitos frutos a Igreja. Eu o elogio, portanto, a todos
os homens de bem, e, em particular, à Igreja de Deus na famosa cidade de
Amsterdã; e, respeitosamente, rogo que seja tido em conta este jovem instruído
e piedoso, de modo que ele nunca esteja sob a necessidade de intermitentes
estudos teológicos que têm sido, até agora, tão felizmente exercidos. Adeus!”
Armínio
respondeu ao chamado de pastor em Amsterdã, em 1587, pregando aos domingos e no
meio da semana. Depois de ser testado pelos líderes da igreja, foi ordenado em
1588. Nessa condição, ganhou reputação como um bom pregador e fiel pastor.
Em 1590 ele se
casou com Lijsbet Reael. Ele também foi contratado para organizar o sistema
educacional de Amsterdã. Distinguiu-se grandemente pela fidelidade aos seus
deveres, em 1602, durante uma praga que varreu por Amsterdã, entrou em casas
infectadas que os outros não se atreveriam a entrar, a fim de dar água aquelas
famílias, e supriu os seus vizinhos com os fundos para cuidar deles.
Controvérsia
Em Amsterdã,
Armínio através de "uma série de sermões sobre a epístola de
Romanos", ensinou em 1591 ao discutir Romanos 7 que o homem, pela graça e
novo-nascimento, não tem vive na escravidão do pecado, e que Romanos 7.14
estava falando de um homem que vive sob a lei sendo convencido do pecado pelo
Espírito Santo, mas ainda não regenerado. Isso foi recebido com alguma
resistência, e alguns detratores rotularam-no de pelagiano por ensinar que um
homem não regenerado podia sentir convicção e desejo de salvação, mesmo com a
influência da Lei e do Espírito Santo. No mesmo ano, o seu colega Petrus
Plancius, respondendo ao desenvolvimento teológico de Armínio, começou a
disputar abertamente contra ele. Durante uma reunião de ministros, Armínio
insistiu que não estava ensinando qualquer coisa contrária a Confissão
Heidelberg e outras normas da ortodoxia, que os teólogos da igreja primitiva
tinham opiniões semelhantes, e que ele repudiava veementemente a heresia de
pelagiana. Além disso, Armínio manifestou alguma surpresa por não lhe ser
permitido interpretar esta passagem de acordo com os ditames de sua própria
consciência e dentro do padrão da ortodoxia histórica. Os burgomestres Amsterdã
intervieram num esforço para manter a paz e conter as divisões na população,
instando-os a coexistir pacificamente e que Armínio não ensinasse nada em
desacordo com o pensamento reformado acordado naquele momento, a menos que
consultasse o concílio da igreja ou outros organismos.
Durante os anos
seguintes, a controvérsia emergiu quando ele pregava Romanos 9. Embora ele não
se opusesse diretamente as interpretações calvinistas, ele se concentrou no
tema de Paulo da "justificação pela fé" em contradição com obras, ao
invés de focar nos decretos eternos de Deus. Durante este tempo ele
"gradualmente desenvolveu opiniões sobre graça, predestinação e
livre-arbítrio, que eram inconsistentes com a doutrina dos professores
reformados Calvino e Beza".
Professor em
Leiden
Em 1603 ele foi
chamado de volta a Universidade de Leiden para ensinar teologia. Isto aconteceu
após as mortes quase simultâneas em 1602 de dois membros da faculdade,
Franciscus Junius, O Velho e Lucas Trelcatius, O Velho (1542-1602), em um surto
da peste. Lucas Trelcatius, O Jovem (1573-1607) e Armínio (apesar do protesto
de Plancius) foram nomeados, a decisão coube em grande parte à Franciscus
Gomarus, membro da faculdade sobrevivente. Enquanto Gomarus cautelosamente
aprovara Armínio, cujas opiniões já eram suspeitas de heterodoxia, a sua
chegada abriu um período de debate, em vez de fechá-lo. A nomeação teve também
uma dimensão política, sendo apoiada por Johannes Wtenbogaert, em Haia, e Johan
van Oldenbarnevelt.
Controvérsia com
Gomarus
Franciscus Gomarus
Gomarus era um
refugiado flamengo que estava em Leiden desde 1594, tem sido descrito como
"um estudioso muito medíocre", mas "um forte defensor da
doutrina calvinista... um homem de profunda fé."Em contrapartida, Armínio
tem sido descrito como "um buscador, um cético." Sobre a questão da
predestinação Gomarus era supralapsariano e foi sobre este ponto de debate que
o conflito entre os dois começou. A animosidade era ainda mais exasperada,
devido ao fato de Armínio defender a revisão da Confissão Belga e do Catecismo
de Heidelberg, mas ele não foi explícito, até muito mais tarde, quando o debate
tornou-se um conflito aberto.
A disputa entre
os professores tomou um rumo público em 07 de fevereiro de 1604, quando Willem
Bastingius em sua disputa intitulada De divina praedestinatione defendeu uma
série de teses de Armínio. O próprio Armínio presidiu a disputa. Isso levou
Gomarus à fazer Gruterus Samuel argumentar posições opostas a essas teses em 14
de outubro de 1604 em um evento que não foi incluído no calendário oficial. Em
sua resposta Gomarus não chamou Armínio pelo nome, em vez disso atribuiu as
posições ao adversário de Calvino Sebastian Castellion (um dos primeiros
proponentes cristão reformado de tolerância religiosa) e ao seu seguidor, Dirck
Volckertszoon Coornhert. Embora Armínio firmemente usava a Bíblia para defender
as suas posições, os pontos de vista expostos pelos "patriarcas de Genebra
gradualmente adquiriram força de Res judicata, de modo que a resistência contra
ela não era mais tolerada.
Foram os
opositores de Armínio de fora da Universidade que ampliaram a controvérsia. Um
órgão administrativo de pastores e anciãos (chamado de classis) em Dordrecht
elaborou uma queixa (uma acusação muito pesada contra o acusado), em que
"algumas diferenças" que "teriam surgido na Igreja e na
Universidade de Leiden sobre a doutrina das Igrejas Reformadas" foram
expostas. Em resposta a três professores de teologia de Leiden (Lucas
Trelcatius, o Jovem, Armínio e Gomarus) e o regente do Colégio Estadual, Johannes
Cuchlinus, escreveu uma carta indignada, afirmando "que, tanto quanto era
conhecido por eles não havia conflito entre os professores em qualquer doutrina
fundamental que seja."
Os detratores de
Armínio não se acalmaram com tal afirmação e Gomarus foi incitado a aumentar a
sua oposição à Armínio com o ministro de Leiden Festus Hommius e Petrus
Plancius (antigo colega e adversário de Armínio). Uma série anônima de trinta e
um artigos começou a circular "em que todos os tipos de opiniões
heterodoxas de Armínio foram expostas."Sibrandus Lubbertu, professor de
teologia na Universidade de Franeker, começou a enviar cartas a fim de incitar
outros teólogos a atacar Armínio com acusações de heresia. Por acidente uma das
cartas de Lubbertus caiu nas mãos de Armínio alertando-o da atividade de seus
adversários.
Edição de 1563
Devido aos seus
adversários permaneceram no anonimato ou terem contornado procedimentos
oficiais, Armínio em abril de 1608 solicitou dos Estados da Holanda permissão
para expor as suas opiniões. Esperando evitar a convocação de um sínodo, em 30
de maio de 1608 Armínio e Gomarus foram autorizados pelos Estados à fazer
discursos perante o Suprema Corte em Haia.
O Chefe de
Justiça da Suprema Corte, Reinout van Brederode (genro de Oldenbarnevelt)
concluiu que "os pontos de diferença entre os dois professores, em sua
maioria relacionados com os detalhes sutis da doutrina da predestinação, eram
de menor importância e poderiam co-existir... ambos os senhores foram intimados a tolerar
uns aos outros com amor."Em direta provocação ao Tribunal, Gomarus ignorou
o discurso publicado que havia feito antes dele, e Armínio seguiu publicando o
seu próprio discurso.
Em resposta à
determinação da Corte, Gomarus declarou que "ele não se atreveria a morrer
conservando a opinião de Armínio, nem se apresentar com ela ante o tribunal de
Deus." Compelido a responder a este ataque, Armínio pediu para defender as
suas posições em público ou em um sínodo nacional ou provincial a ser chamado
para examinar o assunto. Novamente procurando evitar um sínodo, os Estados da
Holanda permitiram a Armínio expor sobre a sua visão na assembleia de 30 de
outubro de 1608.
Cópia de 1566
Finalmente,
antes da assembleia Armínio explicou o seu apelo para que a Confissão Belga e o
Catecismo de Heidelberg fossem reescritos, dizendo que ele não se sentia
obrigado a explicar a sua posição antes, pois "como um professor, ele se
considerava sujeito apenas à autoridade dos curadores de Leiden e dos Estados,
não à Igreja."Logo em seguida, Armínio deu uma visão geral de todas as
diferentes opiniões existentes sobre a predestinação. Ele alegou que o
supralapsarianismo era contrário à Confissão e o Catecismo e que "supra e
infralapsarianismo, basicamente equivalem à mesma coisa." Armínio apresentou
sua própria visão sobre a predestinação a qual assegurava estar em concordância
com a Confissão e o Catecismo. Esta foi, e continua a ser, intrigante pois
"não é fácil entender o porque precisamente um defensor da doutrina da
predestinação que, de acordo com o que ele mesmo diz, está em conformidade com
a Confissão e o Catecismo, deve pedir a sua revisão."
Sabendo que
Armínio tinha aparecido diante da assembléia dos Estados, Gomarus também pediu
permissão para se dirigir, o que foi concedido. Em 12 de dezembro de 1608
Gomarus criticou Armínio, acusando "o seu colega de ser um defensor do
pelagianismo e dos jesuítas, ele também atacou Johannes Wtenbogaert, a quem ele
rotulou como um 'trompetista da corte'."A assembléia protestou contra esse
tom polêmico, que contrastava com o irenismo de Armínio, e ordenou que os
discursos feitos anteriormente por ambos os homens fossem proibidos de serem
publicados. Apesar da proibição dos discursos eles logo apareceram impressos.
Em 25 de julho
de 1609 Jacobus Bontebal defendeu a tese "De hominis ad vocatione
salutem" sob a presidência de Armínio. Um sacerdote católico romano
(rumores de ser um jesuíta) estava na platéia e se atreveu a se opor às
posições de Armínio. Embora Armínio já estando gravemente doente ele refutou os
argumentos, Gomarus "que estava entre o público, ficou muito avermelhado e
pálido, e depois, enquanto o papista estava ao alcance da voz, insultuosamente
observou ao seu colega que agora a porta para papismo tinha sido amplamente
aberto."
Debate final e
últimos dias
Pedra memorial
de Jacobus Arminius em Pieterstsjerke, Leiden.
Armínio
permaneceu como professor em Leiden, até sua morte, e foi estimado por seus
alunos.Ainda assim, o conflito com Gomarus se ampliou para uma cisão em larga
escala dentro do calvinismo. Do clero local, Adrianus Borriusapoiou Armínio,
enquanto Festus Hommius se opôs. Os amigos mais próximos, alunos e
simpatizantes de Armínio foram Johannes Drusius, Conrad Vorstius, Antonius
Thysius, O Velho, Johannes Halsbergius, Petrus Bertius, Johannes Arnoldi
Corvinus, os irmãos Rembert e Simon Episcopius. Seu sucessor em Leiden
(novamente selecionado com o apoio de Wtenbogaert e Oldenbarnevelt) foi
Vorstius, que exerceu influência sobre Armínio por seus escritos.
Mais uma vez os
Estados tentaram neutralizar a crescente controvérsia sem chamar um sínodo.
Armínio recebeu a ordem de assistir a outra conferência com Gomarus em Haia em
13 e 14 de agosto de 1609. Quando a conferência estava a ser estendida e
reunida no dia 18, Armínio com a saúde debilitada teve que retornar a Leiden.
Os Estados suspenderam a conferência e pediram aos dois homens uma reação por
escrito ao ponto de vista do seu adversário.
Armínio em 19 de
outubro de 1609 morreu em sua casa em Pieterskerkhof. Armínio foi enterrado em
Pieterskerk em Leiden, onde uma pedra memorial em seu nome foi colocada em
1934.
Teologia e
legado
Na tentativa de
defender a predestinação calvinista contra os ensinamentos de Dirck
Volckertszoon Coornhert[22], Armínio começou a duvidar de aspectos do
calvinismo e a modificar algumas partes de sua própria visão. Ele tentou
reformar o calvinismo, e emprestou seu nome a um movimento -- Arminianismo --
que resistiria a alguns dos princípios calvinistas (predestinação
incondicional, expiação limitada). Os primeiros seguidores holandeses de seu
ensinamento ficaram conhecidos como Remonstrantes depois de terem emitido um
documento, intitulado Remonstrantiæ (1610), contendo cinco pontos de desacordo
com a corrente principal do calvinismo.
Armínio ensinava
sobre uma "preventiva" (ou preveniente) graça que era conferida a
todos pelo Espírito Santo e esta graça seria "suficiente para crer, apesar
de nossa corrupção pecaminosa, e, portanto para a salvação". Armínio
declarou que: "...atribuo à graça o início, a continuidade e a consumação
de todo o bem, de tal forma que, sem a sua influência, um homem, mesmo já
estando regenerado, não pode conceber, nem fazer bem algum, nem resistir a
qualquer tentação do mal, sem esta graça emocionante e preventiva, que coopera com
o homem." William Witt afirma que "Armínio tem uma teologia muito
nobre sobre a graça. Ele insiste enfaticamente que a graça é gratuita porque é
obtida através da redenção de Deus em Cristo, e não através do esforço
humano."
Os Cinco Artigos
da Remonstrância
Eleição
condicional
Expiação
ilimitada
Depravação total
Graça
preveniente
Preservação
condicional
A teologia
arminiana não se tornou totalmente desenvolvida durante a vida de Armínio, só
após a sua morte (1609) os cinco artigos da remonstrância (1610) sistematizaram
e formalizaram as suas ideias. Mas o calvinista Sínodo de Dort (1618-1619) se
reuniu com o propósito de condenar a teologia de Armínio, declarou a ele e aos
seus adeptos anátemas, então definiu os cinco pontos do calvinismo, e perseguiu
os pastores arminianos que permaneceram na Holanda. Mas, apesar da perseguição,
"os Remonstrantes continuaram na Holanda como uma igreja diferente e nova,
e novamente onde o calvinismo foi ensinado o arminianismo ergueu a sua
cabeça".
Editores em Leiden
(1629) e em Frankfurt (1631 e 1635) publicaram as obras de Armínio em latim.
John Wesley
(1703-1791), fundador do movimento metodista, abraçou a teologia arminiana e se
tornou o seu maior defensor. Hoje, a maioria dos metodistas continuam
comprometidos com a teologia arminiana, e o arminianismo em si tornou-se um dos
sistemas teológicos dominantes nos Estados Unidos, graças em grande parte à
influência de John e Charles Wesley.
Referências
Wikipedia
Johannes Drusius
(1550-1616) (* 28 de Junho de 1550 - † Fevereiro de 1616), foi teólogo
protestante, orientalista, hebraísta cristão e exegeta flamengo.
Simão Episcópio
(1583-1643) (* Amsterdam, 8 de Janeiro de 1583 - † Amsterdam, 4 de Abril de
1643), foi teólogo e professor da Universidade de Leiden.
Bangs, Carl O.
(2015). Armínio: Um estudo da reforma Holandesa. São Paulo: Editora Reflexão.
p. 29. ISBN 9788580881523
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