Paulo, o perseguidor
O apóstolo Paulo
recebeu o nome Saulo, que deriva de Saul, em hebraico, em referência ao
primeiro rei de Israel.
Posteriormente
passou a ser chamado Paulo. Não há registros de que Deus tenha mudado o seu
nome. A referência ao nome Saulo se da por ele ser descendente de pais judeus,
e uma vez recebendo cidadania romana, também passou a ser chamado Paulo,
derivado do latim.
As predições
feitas por Jesus, de que seus discípulos seriam perseguidos e entregues as
prisões estavam sendo cumpridas.
“Mas olhai por vós, porque vos entregarão aos Tribunais, e
nas Sinagogas sereis açoitados; diante de governadores e reis, sereis chamados
por minha causa, em testemunho contra eles”. Marcos 13.9
“E ainda, à presença de Príncipes e Reis, sereis conduzidos
por causa de Mim, para lhes servir de testemunho, a Eles e aos Gentios”. Mateus
10.18
“Mas antes de todas estas coisas, eles jogarão mão, e
perseguirão, e lhes entregando às Sinagogas e aos cárceres, sendo levados aos
reis e aos governadores por causa do meu nome”. Lucas 21.12
“Lembrai-vos da palavra que vos disse: Não é o servo maior
que o seu Senhor. Se a Mim me perseguiram, também vos perseguirão a vós”. João
15.20
A natureza das
perseguições lideradas por Saulo de Tarso contra os cristãos, se verifica nas
palavras registradas no Novo Testamento.
“E Saulo assolava a Igreja, entrando pelas casas; e,
arrastando homens e mulheres, os encerrava na prisão”. Atos 8.3
O verbo aqui
traduzido por “assolar” tem o significado de desonrar, devastar, arruinar. Após
consentir na morte de Estevão, isto é, sentir prazer no seu martírio, Saulo
agora transandava de ódio contra toda a comunidade cristã.
“E Saulo, respirando ainda ameaças e mortes contra os
Discípulos do Senhor, dirigiu-se ao Sumo Sacerdote; e pediu-lhes cartas para
Damasco, para as Sinagogas, afim de que, se encontrasse alguns daquela seita
quer homens quer mulheres, os conduzisse presos a Jerusalém”. Atos 9.1,2.
Paulo estava se
levantando contra a igreja como um cavalo preparado para a guerra. Adquirindo agora documentos
aprovados pelo Sinédrio, por parte dos Líderes Religiosos da Nação, tinha em
mãos autoridade para sair dos limites da capital, indo pelas cidades
circunvizinhas, para dar continuidade a sua severa perseguição aos servos de
Cristo.
“Como também o Sumo Sacerdote me é testemunha, e todo o
Conselho dos Anciãos. E, recebendo destes cartas para os Irmãos, fui a Damasco,
para trazer manietdos para Jerusalém aqueles que ali estivessem, e fossem
castigados”. Atos 22.5
As perseguições
encabeçadas por Saulo de Tarso foram de natureza oficial, reconhecidas como
sendo benéficas para a nação israelita, um serviço prestado ao seu país e a fé
religiosa do povo judeu. Esses esforços contra os cristãos foram aplaudidos
pelas mais elevadas autoridades de Israel.
O zelo de Saulo
de Tarso era tão intenso, em defesa do judaísmo, que ele chegou a pedir
autorização oficial para trazer à Jerusalém, aprisionados, os judeus cristãos
que haviam fugido de Jerusalém para Damasco. Estando ele em Damasco, cabia-lhe
averiguar se o Evangelho de Cristo já chegara àquela cidade.
O Zelo de Paulo
“Porque já ouvistes qual foi antigamente a minha conduta no
Judaísmo, como sobremaneira perseguia a Igreja de Deus e a assolava; E na minha
nação excedia em Judaísmo a muitos da minha idade, sendo extremamente zeloso
das tradições de meus pais”. Gálatas 1.13,14
Na faixa etária
de Paulo, ninguém podia equiparar-se a ele. Nada havia de meramente tradicional
em seu zelo. Seu zelo era nele uma chama ardente, o que o levou até mesmo a
praticar crimes em nome de Deus. Foi dessa forma que ele perseguiu a Igreja.
Fonte: Champlin
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