HISTÓRIA DA
CONFISSÃO DE FÉ DE WESTMINSTER
Alderi Souza
de Matos
ANDREW JUMPER
Centro Presbiteriano de Pós-Graduação
Centro Presbiteriano de Pós-Graduação
cpaj.mackenzie.br/historiadaigreja
A Confissão de Fé de
Westminster é a principal declaração doutrinária adotada oficialmente pela
Igreja Presbiteriana do Brasil. Ela foi um dos documentos aprovados pela
Assembléia de Westminster (1643-1649), convocada pelo Parlamento inglês para
elaborar novos padrões doutrinários, litúrgicos e administrativos para a Igreja
da Inglaterra. Para se entender as circunstâncias da formulação desse
importante documento, é preciso relembrar a história da Reforma Inglesa.
1. Antecedentes
Até 1534, a
Inglaterra havia sido católica romana por muitos séculos. Nesse ano, sob a
liderança do rei Henrique VIII, essa nação rompeu com Roma e aprovou o Ato de
Supremacia, pelo qual o rei passou a ser o chefe da Igreja da Inglaterra. Assim
sendo, passou a existir uma igreja nacional inglesa, separada de Roma, mas
ainda católica, com o nome de Igreja Anglicana.
Com a morte de Henrique
VIII em 1547, subiu ao trono o seu filho adolescente Eduardo VI. Sob a
liderança de Thomas Cranmer, arcebispo de Cantuária, foram elaborados dois
importantes documentos, ambos influenciados pela teologia calvinista: os Trinta
e Nove Artigos e o Livro de Oração Comum. Várias outras
reformas foram realizadas, tendo-se a impressão de que a fé protestante iria
triunfar. Todavia, a morte prematura do jovem rei, em 1553, interrompeu
bruscamente esse processo.
Eduardo foi sucedido
por sua meia-irmã, Maria Tudor, mais tarde conhecida como “Maria, a
Sanguinária”. Ela era filha de Henrique VIII e da princesa católica espanhola
Catarina de Aragão. De imediato, Maria se dispôs a anular o que seu pai e seu
irmão haviam feito e levar a Inglaterra de volta para a Igreja de Roma. O
arcebispo Cranmer e muitos outros líderes da Reforma foram queimados na
fogueira.
Muitos protestantes
fugiram para o continente, sendo que um bom número deles se refugiou em
Genebra, onde o reformador João Calvino estava no auge da sua influência. Eles
organizaram uma igreja presbiteriana, tendo como pastor um dos refugiados, o
escocês João Knox. Outro refugiado, Miles Coverdale, e alguns companheiros
fizeram uma nova tradução das Escrituras, que ficou conhecida como a Bíblia
de Genebra. Foi a primeira Bíblia de tamanho pequeno a ser publicada e a
primeira Bíblia em inglês na qual os livros eram divididos em capítulos e
versículos.
Com a morte de Maria
em 1558, sua meia-irmã Elizabete subiu ao trono para um longo reinado de 45
anos. O Ato de Supremacia foi restabelecido e os protestantes exilados tiveram
permissão para retornar. Eles voltaram para a Inglaterra e a Escócia com a sua
Bíblia de Genebra e com maior convicção acerca do calvinismo e do
presbiterianismo.
2. Os puritanos
Nesse contexto,
solidificou-se um movimento cujas raízes mais remotas vinham desde o
pré-reformador João Wyclif (século 14), passando pelo tradutor da Bíblia
William Tyndale (†1536) e muitos outros líderes. Firmemente apegados às
Escrituras e à teologia calvinista, esses protestantes começaram a insistir
numa reforma genuína da igreja inglesa, com uma forma de governo, um sistema de
doutrinas, um culto e uma vida mais puros, ou seja, mais bíblicos. Com isso,
por volta de 1565 eles passaram a ser chamados de “puritanos”.
A rainha Elizabete
alarmou-se com o crescimento do puritanismo e tudo fez para forçar os puritanos
a se submeterem aos padrões religiosos vigentes. Todavia, o movimento continuou
a crescer. Um autor diz que a Inglaterra nunca experimentou uma transformação
moral tão grande como a que ocorreu entre o meio do reinado de Elizabete e a
convocação do Longo Parlamento. A Inglaterra se tornou o povo de um livro, a
Bíblia, que era lida nas igrejas e nos lares, gerando grande vitalidade
espiritual. (Ver John Richard Green, em Uma Breve História do Povo
Inglês).
Com a morte de
Elizabete em 1603, Tiago VI da Escócia, filho de Maria Stuart, tornou-se Tiago
I, rei da Inglaterra e da Escócia, e chefe da igreja. Os puritanos nutriam
grandes esperanças em relação ao novo rei, que havia sido educado pelos
presbiterianos da Escócia. Todavia, ele os decepcionou profundamente, visto
estar muito apegado ao sistema episcopal de governo eclesiástico. Ele disse:
“Vou fazer com que se submetam ou os expulsarei do país, ou coisa pior”. No sei
reinado, um grupo de puritanos foi inicialmente para a Holanda e depois para a
Nova Inglaterra, na América do Norte. A única coisa positiva que esse rei fez
na área religiosa foi aprovar uma nova e influente tradução da Bíblia, que
ficou conhecida como a Versão do Rei Tiago (King James Version, 1611).
3. A Assembléia
de Westminster
Tiago foi sucedido
no trono por seu filho Carlos I, que reinou de 1625 a 1649. Seu principal
conselheiro era William Laud, arcebispo de Cantuária, um adepto da teologia
arminiana e da uniformidade religiosa. Em 1637, Carlos I e Laud tentaram fazer
com que os presbiterianos da Escócia se submetessem ao governo e culto da
Igreja da Inglaterra, com seu sistema episcopal (bispos e arcebispos). No ano
seguinte, os escoceses assinaram um Pacto Nacional no qual se comprometiam a
defender o presbiterianismo e entraram em guerra contra o rei.
Carlos precisava de
mais homens e dinheiro para lutar contra os escoceses e assim foi forçado a
convocar a eleição de um Parlamento. Para seu horror, os ingleses elegeram um
Parlamento puritano. Ele rapidamente dissolveu o parlamento e convocou nova
eleição, que resultou em uma maioria puritana ainda mais expressiva. O rei
tentou novamente tentou dissolver o Parlamento, que entrou em guerra contra
ele. Estava iniciada a guerra civil inglesa.
Entre outras coisas,
esse Parlamento puritano voltou sua atenção para a questão religiosa. Há 75
anos os puritanos vinham insistindo que a Igreja da Inglaterra tivesse uma
forma de governo, doutrinas e culto mais puros. Assim sendo, o Parlamento
convocou a “Assembléia de Teólogos de Westminster”, que ficou composta de 121
dos ministros mais capazes da Inglaterra, além de 20 membros da Câmara dos
Comuns e 10 membros da Câmara dos Lordes. Todos os ministros, exceto dois, eram
da Igreja da Inglaterra. Praticamente todos eles eram puritanos, calvinistas.
Infelizmente, não havia unanimidade entre eles quanto à forma de governo: a
maioria era composta de presbiterianos, muitos eram partidários da forma
congregacional e alguns defendiam o episcopalismo. Os debates mais longos e
acalorados foram travados nessa área.
A Assembléia de
Westminster iniciou seus trabalhos na Abadia de Westminster, em Londres, no dia
1° de julho de 1643, e continuou em atividade durante cinco anos e meio. Nesse
período, houve 1163 reuniões do plenário e centenas de reuniões de comissões e
subcomissões.
4. A conexão
escocesa
Mal haviam começado
os trabalhos, as forças parlamentares começaram a ficar em desvantagem na
guerra. Rapidamente foi enviada uma delegação à Escócia em busca de auxílio. Os
escoceses concordaram em enviar socorro, mediante duas condições: (a) todos os
membros da Assembléia de Westminster e do Parlamento deviam assinar uma Liga e
Pacto Solene a ser redigido pelos escoceses; (b) os escoceses iriam nomear
alguns representantes junto à Assembléia de Westminster. Ao assinarem esse
documento, os ingleses se comprometeram a manter e defender a Igreja
Presbiteriana da Escócia e a realizarem uma reforma da igreja “na Inglaterra e
na Irlanda em sua doutrina, governo, culto e disciplina, de acordo com a
Palavra de Deus e o exemplo das melhores igrejas reformadas”.
Os escoceses
enviaram seis delegados à Assembléia de Westminster – quatro pastores e dois
presbíteros – sem direito a voto. Os ministros eram: Alexander Henderson,
Robert Baillie, George Gillespie e Samuel Rutherford. Esses poucos
representantes escoceses exerceram uma influência decisiva sobre a Assembléia.
Com a chegada dos escoceses e a assinatura da Liga e Pacto Solene em setembro
de 1643, houve uma mudança radical no trabalho da Assembléia. Antes disso, a
maior parte do tempo havia sido dedicada a uma revisão dos Trinta e
Nove Artigos e não se pensara em elaborar uma nova Confissão de Fé.
Agora os Trinta e Nove Artigos foram postos de lado e
passou-se a fazer uma reforma profunda na Igreja da Inglaterra.
A Assembléia de
Westminster era um conjunto de homens não somente eruditos, mas profundamente
espirituais. Gastou-se muito tempo em oração e tudo foi feito com espírito de
reverência. Robert Baillie, um dos representantes escoceses, descreveu um dos
dias de jejum e oração: “Depois que o Dr. Twisse deu início com uma breve
oração, o Sr. Marshall orou longamente por duas horas, confessando mui
piedosamente os pecados dos membros da Assembléia... Depois disso, o Sr.
Arrowsmith pregou por uma hora, e então foi cantado um salmo. Em seguida, o Sr.
Vines orou por quase duas horas, o Sr. Palmer pregou por uma hora e o Sr.
Seaman orou por quase duas horas; em seguida, foi cantado um salmo. Depois
disso, o Sr. Henderson os levou a uma breve e suave reflexão sobre as faltas
confessadas e outras faltas vistas na Assembléia, para serem corrigidas. O Dr.
Twisse encerrou com breve oração e bênção. Deus estava presente de modo tão
claro nesse exercício devocional que nós certamente esperamos uma bênção tanto
sobre os assuntos da Assembléia quanto sobre todo o reino”.
5. O trabalho da
Assembléia
Durante seus cinco
anos e meio de atividade, a Assembléia de Westminster produziu os chamados
Padrões Presbiterianos. À medida que era concluído, cada documento era
encaminhado ao Parlamento como o “humilde conselho” da Assembléia. O Parlamento
não aprovou automaticamente o trabalho da Assembléia, mas gastou muito tempo
estudando e discutindo cada documento. Os Padrões Presbiterianos, na ordem em
que foram concluídos pela Assembléia, são os seguintes: (a) Diretório
do Culto Público a Deus: foi concluído em dezembro de 1644 e aprovado pelo
Parlamento em janeiro de 1645. Substituiu o Livro de Oração Comum. (b) Forma
de Governo Eclesiástico e Ordenação: foi concluída em novembro de 1644 e
aprovada pelo Parlamento em 1648. Era uma forma presbiteriana de governo e
substituiu o episcopalismo na Igreja da Inglaterra. (c)Confissão de Fé:
foi concluída em dezembro de 1646 e aprovada pelo Parlamento em março de 1648.
(d) Catecismos Maior e Breve: foram concluídos no final de 1647 e
aprovados pelo Parlamento em setembro de 1648. (e) Saltério: versão
métrica dos salmos para o culto; havia várias versões concorrentes, mas a de
Francis Rous, membro do Parlamento e da Assembléia, foi finalmente aprovada em
novembro de 1645, após uma extensa revisão. Foi aprovado pelo Parlamento no ano
seguinte.
6. A Confissão de
Fé
O esboço inicial da
Confissão de Fé de Westminster foi preparado por duas comissões a partir de
outubro de 1644, com a plena participação dos representantes da Igreja da
Escócia. O plenário da Assembléia discutiu o documento de julho de 1645 a
dezembro de 1646. Alguns dos debates foram acalorados, especialmente sobre
temas como o Decreto de Deus, a Liberdade Cristã e a Liberdade de Consciência,
e a liderança de Cristo. De um modo geral, houve uma notável unanimidade entre
os participantes.
No dia 26 de
novembro de 1646 o texto ficou pronto, com a exceção do prefácio e de algumas
emendas. Estes foram concluídos no 4 de dezembro, quando a Confissão de Fé foi
apresentada à Câmara dos Comuns. Todavia, o Parlamento exigiu a apresentação de
textos bíblicos de apoio, cuja preparação e discussão continuou até abril de 1647.
Em 29 de abril, a Confissão com as passagens bíblicas foi apresentada às duas
câmaras. A Câmara dos Comuns determinou a impressão de 600 cópias, somente para
os membros do Parlamento e da Assembléia. O título era: “O humilde conselho da
Assembléia de teólogos que por autoridade do Parlamento ora está reunida em
Westminster... com respeito a uma Confissão de Fé, com a adução de citações e
textos da Escritura”.
A Confissão foi
aprovada pelo Parlamento somente em 1648, com o seguinte título: “Artigos de
religião cristã, aprovados e sancionados por ambas as casas do Parlamento,
segundo o conselho da Assembléia de teólogos ora reunida em Westminster por
autoridade do Parlamento”.
A Confissão de Fé é
uma expressão da teologia agostiniana e calvinista que há mais de um século
vinha influenciando os teólogos ingleses. Especificamente, a forma da Confissão
foi influenciada pelos chamados Artigos Irlandeses, elaborados pelo
bispo Ussher em 1615. Quanto ao esquema teológico geral sob o qual os teólogos
de Westminster agruparam suas principais doutrinas, trata-se do sistema
conhecido como Teologia Federal ou Teologia do Pacto (Pacto das Obras e Pacto
da Graça).
Como uma declaração
da doutrina reformada e como uma afirmação do calvinismo do século 17, a
Confissão de Fé é um documento extremamente moderado e judicioso. William
Beveridge conclui: “Devemos agradecer a Deus por essa declaração sábia,
completa e equilibrada de nossa fé, que chegou até nós como uma preciosa
herança da Assembléia de Westminster”.
7. Eventos subseqüentes
Com o auxílio dos
escoceses, as forças parlamentares lideradas por Oliver Cromwell esmagaram o
rei Charles e seus exércitos. Cromwell e o exército inglês eram partidários do
congregacionalismo; assim sendo, os presbiterianos foram expulsos do Parlamento
em 1648. O rei foi decapitado na Torre de Londres em janeiro de 1649, sendo
então criada a Comunidade (Commonwealth), tendo Cromwell como Lorde Protetor da
Inglaterra e da Escócia.
Cromwell morreu em
1658 e dois anos depois foi restaurada a monarquia, com Carlos II no trono dos
dois países. O episcopado foi restaurado, sendo aprovadas rígidas leis que
impunham submissão ao governo e ao culto da Igreja da Inglaterra. Cerca de dois
mil ministros presbiterianos foram expulsos de suas igrejas e residências.
Seguiu-se um longo período de intolerância e cerceamento. Somente no século 19
foi organizada a Igreja Presbiteriana da Inglaterra (1876).
Na Escócia, os
Padrões de Westminster foram prontamente adotados pela Assembléia Geral da
Igreja Presbiteriana, substituindo os antigos documentos que vinham desde a
época de John Knox. Isso é notável se lembrarmos que a Assembléia de
Westminster era composta de 121 ministros puritanos ingleses e apenas quatro
ministros escoceses. Os presbiterianos escoceses agiram assim por causa dos
méritos intrínsecos dos Padrões de Westminster e em especial devido ao seu
desejo de promover a unidade entre os presbiterianos das Ilhas Britânicas.
Através da imigração e do esforço missionário dos presbiterianos escoceses,
esses padrões foram levados para a Irlanda do Norte, Estados Unidos, Canadá,
Austrália, Nova Zelândia, África do Sul, Brasil e até aos confins da terra.
8. Relevância
atual
A Confissão de Fé de
Westminster é considerada uma das melhores e mais equilibradas exposições da fé
reformada já escritas. Suas definições doutrinárias foram cuidadosamente
elaboradas por alguns dos homens mais cultos e piedosos do século 17. Talvez a
sua linguagem e algumas de suas ênfases pareçam estranhas à nossa mentalidade
do início do século 21. Todavia, temos de reconhecer que a maior parte das suas
formulações continuam plenamente válidas para os dias atuais. Embora seja um
documento muito importante e valioso para os reformados, ela não está no mesmo
nível da Escritura, ficando subordinada à mesma.
A Confissão de Fé
pode ser considerada um pequeno manual de teologia bíblica. Seus 33 capítulos
abordam os temas mais importantes da teologia cristã, conforme segue: a
doutrina da Escritura Sagrada – cap. 1; a doutrina de Deus (ser e obras) – caps.
2-5; a doutrina do homem e da redenção – caps. 6-9; a doutrina da aplicação da
salvação – caps. 10-15; a doutrina da vida cristã – caps. 16-19; a doutrina do
cristão na sociedade – caps. 20-24; a doutrina da igreja – caps. 25-31; e
a doutrina das últimas coisas – caps. 32-33.
Os principais temas
da teologia reformada são abordados na Confissão de Fé de Westminster: (a) a
autoridade das Escrituras – cap. 1; (b) a soberania de Deus e a eleição – caps.
3, 10; (c) o conceito do pacto – cap. 7; (d) a integração da doutrina com a
vida cristã – cap. 16; (e) a relação entre lei e evangelho – cap. 19; (f) a
importância da igreja e dos sacramentos – caps. 25-29; (g) o sistema de governo
– cap. 31; (h) o relacionamento entre o reino de Deus e o mundo. Esperamos que
essa considerações estimulem os leitores a conhecerem melhor esse documento
histórico que é parte essencial da nossa identidade presbiteriana.
Referências
A Confissão de
Fé, O Catecismo Maior, O Breve Catecismo. São Paulo: Casa Editora Presbiteriana, 1991.
Hodge, A.A. Confissão
de Fé de Westminster comentada por A.A. Hodge. São Paulo: Editora Os
Puritanos, 1999.
Beveridge, William. A short history of the
Westminster Assembly. Revised and edited by J. Ligon Duncan III.
Greenville, SC: Reformed Academic Press, 1993.
De Witt, John Richard, Terry L. Johnson e F. Solano
Portela. O que é a fé
reformada? São Paulo: Editora Os Puritanos, 2001.
Lingle, Walter L. Presbyterians: their history
and beliefs. Richmond: John
Knox, 1960.
Apêndices
1. Documentos
Aprovados pela Assembléia (Padrões Presbiterianos)
·
Diretório do Culto Público (1644-1645)
·
Forma de Governo Eclesiástico (1644-1648)
·
Confissão de Fé (1646-1648)
·
Catecismos Maior e Breve (1647-1648)
·
Saltério (1645)
2. Etapas do
Preparo da Confissão de Fé
·
Início do trabalho das comissões: outubro de 1644
·
Debates no plenário: julho de 1645 a dezembro de 1646
·
Apresentação à Câmara dos Comuns: 4 de dezembro de 1646
·
Preparação e discussão dos textos bíblicos: até abril de 1647
·
Apresentação da Confissão com passagens bíblicas: 29 de abril de 1647
·
Impressão de 600 cópias para membros do Parlamento e da Assembléia
·
Aprovação final pelo Parlamento: 1648
3.
Características e relevância
·
Expressão da teologia calvinista
·
Ênfase na teologia federal ou do pacto
·
Influência dos Artigos Irlandeses (James Ussher, 1615)
·
Influência dos delegados escoceses – Alexander
Henderson, Robert Baillie, George Gillespie, Samuel Rutherford
1. Os
Padrões de Fé de Westminster:
Observação:
em 1991, a Casa Editora Presbiteriana publicou uma edição especial da Confissão de Fé e dos Catecismos contendo, além do texto desses documentos, a reprodução de todas passagens bíblicas pertinentes a cada tópico.
em 1991, a Casa Editora Presbiteriana publicou uma edição especial da Confissão de Fé e dos Catecismos contendo, além do texto desses documentos, a reprodução de todas passagens bíblicas pertinentes a cada tópico.
(a) Confissão de Fé:
compõe-se de 33 capítulos, que abordam os seguintes tópicos:
A Doutrina das
Escrituras
1. Da Escritura
Sagrada
A Doutrina de
Deus (Ser e Obras)
2. De Deus e da
Santíssima Trindade
3. Dos Decretos Eternos de Deus
4. Da Criação
5. Da Providência
3. Dos Decretos Eternos de Deus
4. Da Criação
5. Da Providência
A Doutrina da
Salvação (Objetiva)
6. Da Queda do
Homem, do Pecado e do seu Castigo
7. Do Pacto de Deus com o Homem
8. De Cristo o Mediador
9. Do Livre Arbítrio
7. Do Pacto de Deus com o Homem
8. De Cristo o Mediador
9. Do Livre Arbítrio
A Doutrina da
Salvação (Subjetiva)
10. Da Vocação
Eficaz
11. Da Justificação
12. Da Adoção
13. Da Santificação
14. Da Fé Salvadora
15. Do Arrependimento para a Vida
16. Das Boas Obras
17. Da Perseverança dos Santos
18. Da Certeza da Graça e da Salvação
11. Da Justificação
12. Da Adoção
13. Da Santificação
14. Da Fé Salvadora
15. Do Arrependimento para a Vida
16. Das Boas Obras
17. Da Perseverança dos Santos
18. Da Certeza da Graça e da Salvação
A Doutrina da
Vida Cristã
19. Da Lei de
Deus
20. Da Liberdade Cristã
21. Do Culto Religioso e do Domingo
20. Da Liberdade Cristã
21. Do Culto Religioso e do Domingo
A Doutrina do
Cristão na Sociedade
22. Dos Juramentos
Legais e dos Votos
23. Do Magistrado Civil
24. Do Matrimônio e do Divórcio
23. Do Magistrado Civil
24. Do Matrimônio e do Divórcio
A Doutrina da
Igreja
25. Da Igreja
26. Da Comunhão dos Santos
27. Dos Sacramentos
28. Do Batismo
29. Da Ceia do Senhor
30. Das Censuras Eclesiásticas
31. Dos Sínodos e dos Concílios
26. Da Comunhão dos Santos
27. Dos Sacramentos
28. Do Batismo
29. Da Ceia do Senhor
30. Das Censuras Eclesiásticas
31. Dos Sínodos e dos Concílios
A Doutrina das
Últimas Coisas
32. Do Estado do
Homem depois da Morte e da Ressurreição dos Mortos
33. Do Juízo Final
33. Do Juízo Final
Apêndice
34. Do Espírito
Santo
35. Do Amor de Deus
35. Do Amor de Deus
Observação quanto
ao texto da Confissão de Fé encontrado em A Confissão de Fé, o
Catecismo Menor e o Breve Catecismo: Exemplar do Líder, 1ª ed. especial
(São Paulo: Casa Editora Presbiteriana, 1991):
Os Capítulos 34 e 35
foram acrescentados pela Igreja Presbiteriana dos Estados Unidos da América (a
Igreja do Norte) em 1903. A seção intitulada “A Autoridade da Confissão de Fé e
dos Catecismos” (pág. 162-F) foi escrita pela Rev. John M. Kyle. (Ver a “Nota
Histórica” que consta de edições anteriores da Confissão de Fé).
(b) Catecismo Maior:
compõe-se de 196 perguntas e respostas distribuídas em três seções:
1ª Parte: Da
finalidade do ser humano, da existência de Deus, da origem e da veracidade das
Escrituras – Perguntas 1-5
2ª Parte: O que o
ser humano deve crer sobre Deus – Perguntas 6-90
Deus
....................................... 6-8
Trindade ..................................9-11
Decreto ...................................12-14
Criação ....................................15-17
Providência ..............................18-20
Queda .....................................21-29
Pacto ......................................30-35
Cristo, o Mediador ......................36-56
Salvação ..................................57-61
Igreja ......................................62-65
União Vital ................................66, 69
Vocação Eficaz ..........................67-69
Justificação ..............................70-73
Adoção ....................................74
Santificação .............................75-78
Perseverança ...........................79-81
Últimas Coisas ..........................82-90
Trindade ..................................9-11
Decreto ...................................12-14
Criação ....................................15-17
Providência ..............................18-20
Queda .....................................21-29
Pacto ......................................30-35
Cristo, o Mediador ......................36-56
Salvação ..................................57-61
Igreja ......................................62-65
União Vital ................................66, 69
Vocação Eficaz ..........................67-69
Justificação ..............................70-73
Adoção ....................................74
Santificação .............................75-78
Perseverança ...........................79-81
Últimas Coisas ..........................82-90
3ª Parte: O que as
Escrituras requerem do ser humano como seu dever – Perguntas 91-196
A Lei de Deus ........................91-97
Os 10 Mandamentos ...............98-148
Pecado ...............................149-153
Meios de Graça .....................154
Palavra ...............................155-160
Sacramentos ........................161-177
Oração ................................178-185
O Pai Nosso ..........................186-196
Os 10 Mandamentos ...............98-148
Pecado ...............................149-153
Meios de Graça .....................154
Palavra ...............................155-160
Sacramentos ........................161-177
Oração ................................178-185
O Pai Nosso ..........................186-196
(c) Breve Catecismo: possui 107
perguntas e respostas, sintetizando os pontos mais importantes dos documentos
maiores. Inclui uma abordagem detalhada dos Dez Mandamentos (perguntas 41-81).
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