O Evangelho de Mateus 1º parte
Autoria e
Confirmação Antiga
O Evangelho de Mateus foi considerado por tempo de autoria anônima. Mateus, um dos discípulos escolhidos por Cristo, aparece com o autor desde o Século II. Conforme se supõe, contam as seguintes confirmações antigas:
Imagem: Cristian C.
Papias
Bispo do século
II, viveu cerca de 130 D.C. e foi
discípulo do apostolo João, conforme
descreve Eusébio. Papias identificou este evangelho como sendo de Mateus, o
apóstolo do Senhor.
Irineu
Irineu, assim
como Papias, confirma que o evangelho de Mateus foi de autoria de Mateus.
Orígenes
Conforme citado por Eusébio em História Eclesiástica, Orígenes afirma que este evangelho é de autoria do apóstolo Mateus.
Conforme citado por Eusébio em História Eclesiástica, Orígenes afirma que este evangelho é de autoria do apóstolo Mateus.
Eusébio
Este aceita o
testemunho antigo e aprova o evangelho sendo da autoria de Mateus.
Todos estes
concordam em afirmar que este Evangelho foi escrito por ele. Apesar de
muitas evidências dum original aramaico, dele não existe o menor vestígio. Alguns estudiosos acreditam que o evangelho foi escrito originalmente em grego e depois em hebraico.
As primeiras citações do evangelho estão em grego. Embora o evangelho não cita o nome do autor, este fornece evidência que confirma a sua autoria tradicional (Mateus 9.9).
As primeiras citações do evangelho estão em grego. Embora o evangelho não cita o nome do autor, este fornece evidência que confirma a sua autoria tradicional (Mateus 9.9).
Data
Considerando
Mateus como o autor do livro, provavelmente foi escrito antes da destruição de
Jerusalém em 70 D.C.. O esboço histórico foi escrito com base nos escritos de
Marcos. A composição do Evangelho de Marcos aconteceu por volta do ano 50 D.C.,
o que nos leva a entender que o Evangelho de Mateus foi escrito entre 50 e 70
D.C.
Linguagem
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhlXrIAdi1q49rDbzLfMNAC1vxDfWSf65YDsYFe6mJ3KqlV5_InOJe_naeaBKdGZ8frEkOLcxDxaMrtVv2fOqKbJSj2qeZiLiB60VGUQelg83AC5kAUUKZN6cN3hLPk5kDfUUTD5j3DmUit/s320/Parte+de+um+manuscrito+do+Evangelho+de+Jo%25C3%25A3o+em+grego+Koin%25C3%25A9.jpg)
A qualidade do grego do livro de Mateus apresenta o grego “Koiné” do período, com algumas expressões idiomáticas do aramaico.
Considera se que o grego do evangelho de Mateus é superior ao grego do evangelho de Marcos.
Parte de Manuscrito Grego Koiné
Fonte: 2012blogspot.com
Outra parte de um texto em Grego Bíblico
Καὶ ἐγένετο μετὰ τὴν τελευτὴν Μωυσῆ εἶπεν κύριος τῷ ᾿Ιησοῖ υἱῷ Ναυη τῷ ὑπουργῷ Μωυσῆ λέγων. Μωυσῆς ὁ θεράπων μου τετελεύτηκεν· νῦν οὖν ἀναστὰς διάβηθι τὸν Ιορδάνην, σὺ καὶ πᾶς ὁ λαὸς οὗτος, εἰς τὴν γῆν, ἣν ἐγὼ δίδωμι αὐτοῖς. πᾶς ὁ τόπος, ἐφ᾽ ὃν ἂν ἐπιβῆτε τῷ ἴχνει τῶν ποδῶν ὑμῶν, ὑμῖν δώσω αὐτόν, ὃν τρόπον εἴρηκα τῷ Μωυσῇ, τὴν ἔρημον καὶ τὸν ᾿Αντιλίβανον ἕως τοῦ ποταμοῦ τοῦ μεγάλου, ποταμοῦ Εὐφράτου, καὶ ἕως τῆς θαλάσσης τῆς ἐσχάτης ἀφ᾽ ἡλίου δυσμῶν ἔσται τὰ ὅρια ὑμῶν. οὐκ ἀντιστήσεται ἄνθρωπος κατενώπιον ὑμῶν πάσας τὰς ἡμέρας τῆς ζωῆς σου, καὶ ὥσπερ ἤμην μετὰ Μωυσῆ, οὕτως ἔσομαι καὶ μετὰ σοῦ καὶ οὐκ ἐγκαταλείψω σε οὐδὲ ὑπερόψομαί σε. ἴσχυε
Parte de Manuscrito em Aramaico
Fonte: Aramaico.com
Fonte: Aramaico.com
Destino
O evangelho de
Mateus visava alcançar os judeus e gentios recém convertidos, para poder instruí los na
doutrina de Cristo. Muitos consideram que este é o mais universal dos
evangelhos, pelo que nenhuma localidade em particular foi indicada.
Propósito
É evidente que o
propósito do evangelista é apresentar em ordem a história do nascimento,
ministério, a morte e ressurreição de Jesus Cristo. Ele agrupa seus
acontecimentos com bases nos cinco grandes discursos de nosso Senhor:
- O Sermão da Montanha
(5.1 a 7.27);
- A Comissão aos
Apóstolos (10.5-42);
- As Parábolas
(13.1-53);
- O Discurso
sobre a Humildade e o Perdão (18.1-35);
- O Discurso
Apocalíptico (24.1 a 25.46).
A Genealogia de
Jesus (1.1-17)
Por genealogia
entendemos que é o estudo que tem por objetivo estabelecer a origem de um
indivíduo ou uma família. Mateus, descrevendo as origens do nosso Senhor até
Davi, vê se que o propósito era de mostrar que as promessas feitas a Davi, como
progenitor do Messias, são cumpridas em Cristo (ver II Samuel 7.12-16; Salmos
89.29,36,37; Salmos 132.11).
Mateus apresenta Jesus como herdeiro legal do trono de Davi. Tem também por intuito satisfazer às necessidades de todos os homens, judeus e gentios, conduzindo os a salvação em Cristo Jesus.
Mateus apresenta Jesus como herdeiro legal do trono de Davi. Tem também por intuito satisfazer às necessidades de todos os homens, judeus e gentios, conduzindo os a salvação em Cristo Jesus.
José, marido de
Maria (16)
As palavras são escolhidas com muito cuidado para
evitar qualquer impressão de que José fosse o pai natural de Jesus Cristo. Como
esposo de Maria, era pai legal, de sorte que o direito ao trono de Davi foi
transmitido por ele. O casamento de José e Maria teve lugar depois da
conceição, mas antes do nascimento de Jesus.
Quatorze
gerações (17)
A genealogia foi
agrupada propositadamente deste modo pelo evangelista, para facilitar o seu
aprendizado.
O Nascimento de
Jesus (1.18-25)
Desposada. Isto
significa que Maria já era noiva de José sem ser casada. A infidelidade depois
do noivado era considerada adultério. Segundo a lei judaica, José poderia
romper suas relações com Maria de forma pública (Deuteronômio 22.23,24) ou
particularmente, dando lhe a carta de divórcio (Deuteronômio 24.1), com duas ou
três testemunhas.
E não a conheceu
(25)
“Conhecer”
significa a relação sexual entre o casal. Esta descrição conserva o fato do
nascimento de Cristo pela virgem. É evidente que depois do nascimento de Jesus,
José e Maria coabitaram normalmente.
Os Magos do
Oriente
Magos (do grego
magoi) significa astrólogos ou mágicos. Algumas vezes a palavra se refere
àqueles que se ocupavam das ciências, geralmente acompanhadas de maia e fraude.
Este relato não
tem paralelo em nenhuma outra parte da Bíblia. É extremamente difícil afirmar
de onde Mateus colheu este relato. Aqueles magos, talvez astrólogos
pertencentes à mesma classe de homens chamados caldeus em Daniel 2.2, que
vieram do Oriente, talvez da Mesopotâmia para adorar a Cristo, haviam
descobertos o sinal de Deus no céu.
Existe uma dificuldades entre alguns estudiosos em afirmar se o acontecido no céu foi um fenômeno astronômico ou uma manifestação natural. Fica evidente que tais pessoas teriam observados algo de diferente no céu, algum fenômeno comum dos planetas, ou um sinal de Deus. Nada se sabe sobre aqueles homens, quantos eram, nem a posição que ocupavam na vida.
A indicação que seriam três se refere aos tesouros concedidos pelos magos: ouro, incenso e mirra "E, entrando na casa, acharam o menino com Maria, sua mãe, e, prostando se, o adoraram: e, abrindo os seus tesouros, lhe ofereceram dádivas: ouro, incenso e mirra" (Mateus 2.11).
Existe uma dificuldades entre alguns estudiosos em afirmar se o acontecido no céu foi um fenômeno astronômico ou uma manifestação natural. Fica evidente que tais pessoas teriam observados algo de diferente no céu, algum fenômeno comum dos planetas, ou um sinal de Deus. Nada se sabe sobre aqueles homens, quantos eram, nem a posição que ocupavam na vida.
A indicação que seriam três se refere aos tesouros concedidos pelos magos: ouro, incenso e mirra "E, entrando na casa, acharam o menino com Maria, sua mãe, e, prostando se, o adoraram: e, abrindo os seus tesouros, lhe ofereceram dádivas: ouro, incenso e mirra" (Mateus 2.11).
A Estrela (2.2)
Existem várias interpretações sobre a natureza dessa estrela
Existem várias interpretações sobre a natureza dessa estrela
1 – A estrela
seria uma personalidade, talvez um anjo, que teria guiado os magos a Jerusálem.
Este argumento perde sustentação, pois em nenhuma parte o texto afirma esta
possibilidade;
2 – Tanto a
estrela como a narrativa seria um mito, uma criação do autor para engrandecer a
Jesus e a história de seu nascimento;
3 – A estrela
teria sido um fenômeno divino revelado somente aos magos;
4 – Seria um
astro escolhido por Deus para guiar os magos. Esta talvez seja a ideia mais
comum, principalmente nos tempos modernos.
Fonte:
Novo Comentário do Novo Testamento
Vida Nova – Ver. Dr. Russell P. Shedd
Chanplin;
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