A Primeira e a Segunda Aliança
Testamento /Definição
= Aliança, concerto, pacto, tratado, acordo.
A
palavra "testamento" corresponde à palavra hebraica
berith e designa a aliança que Deus fez com a humanidade. Os concertos
feitos entre Deus e o homem definiram a base do caráter de Deus no Antigo
Testamento. A palavra é empregada muitas vezes na Bíblia:
-
O concerto de Deus com Noé, na forma de
uma promessa (Gênesis 9.11-15);
- O concerto com Abraão,
Isaque e Jacó; descendência numerosa e a terra de Canaã como sua herança (Gênesis 15.5;18);
- O concerto de Deus com
Moisés e os israelitas no monte Sinai (Êxodo 19.5,6);
- O renovo do concerto de
Deus com a nova geração de israelitas nas terras de Moabe (Deuteronômio
29.1-5). Devido à
incredulidade, Deus não permitiu que os murmuradores entrassem na terra
prometida, fazendo-os perecer no deserto (Números 14.1-38).
As
promessas de Deus feita a Moisés e aos israelitas, eram basicamente as mesmas
que foram feitas a Abraão. O povo herdaria a terra de Canaã, após serem
libertos da escravidão do Egito (Êxodo 6.2-8). Antes de Deus cumprir todas essas promessas, Ele requereu
que os israelitas se comprometessem a observar
as suas leis declaradas quando estavam acampados no monte Sinais. O
Decálogo (Os Dez Mandamentos) são o resumo da lei moral de Deus para Israel, e
descrevem as obrigações para com Deus e o
próximo (Êxodo 20.3-4; 7-8; 12-17). A obediência aos mandamentos
preservaria o concerto.
O
concerto reconhecia que, às vezes, os israelitas fracassariam, devido às
fraquezas da natureza humana. Para remi-los da culpa do pecado e reconciliá-los
consigo mesmo, Deus proveu o sistema geral de sacrifícios (Levíticos 16.1-34).
Segundo
a própria Bíblia, tendo sido esta aliança quebrada pela infidelidade do povo,
Deus revelava o seu descontentamento com os sacrifícios oferecidos pelo seu
povo (Isaías 1.1-15) e prometera uma nova aliança (Jeremias 31.31-34) que
deveria ser ratificada (aprovada) com o sangue de Cristo (Mateus 26.28).
Os escritores do Novo Testamento denominam a primeira aliança de antiga
(Hebreus 8.13), em contraposição à nova aliança (2 Coríntios 3.6-14).
As
respectivas expressões "antiga aliança" e "nova aliança"
passaram a designar a coleção dos escritos que contém os documentos
respectivamente da primeira e da segunda aliança. As denominações "Antigo
Testamento" e "Novo Testamento", para as duas coleções dos
livros sagrados, começaram a ser usadas no final do século II, quando os
evangelhos e outros escritos apostólicos foram considerados como parte do cânon
sagrado. O termo "testamento" surgiu através do latim, quando a
primeira versão latina do Velho Testamento grego traduziu diatheke por
testamentum . Jerônimo de Estridão, revisando esta versão latina, manteve a
palavra testamentum, equivalendo ao hebraico berith — "aliança",
"concerto”.
Jerônimo (português
brasileiro) ou Jerónimo (português europeu) (em latim: Eusebius Sophronius
Hieronymus; em grego: Εὐσέβιος Σωφρόνιος Ἱερώνυμος),
também conhecido por Jerônimo de Estridão, foi um sacerdote cristão ilírio,
destacado como teólogo e historiador e considerado confessor e Doutor da Igreja
pela Igreja Católica. Filho de Eusébio, da cidade de Estridão, na fronteira
entre a Dalmácia e a Panônia, é mais conhecido por sua tradução da Bíblia para
o latim (conhecida como Vulgata) e por seus comentários sobre o Evangelho dos
Hebreus, mas sua lista de obras é extensa. São Jerônimo é reconhecido como
santo pelos católicos, ortodoxos e anglicanos e sincretizado como o orixá Xangô
na umbanda. Não é tido como santo para os luteranos, pelo fato de estes não
canonizarem personalidades.
Segundo
o antigo concerto, a salvação e o relacionamento correto com Deus provinham de
um relacionamento com Ele à base da fé expressa pela obediência à sua lei e ao
sistema sacrificial desta aliança.
Os
sacrifícios do Antigo Testamento tinham o propósito de ensinar ao povo a
gravidade do pecado. O pecado separava o homem de um Deus Santo, e somente
através do derramamento de sangue poderiam reconciliar-se com Deus e encontrar
o perdão (Êxodo 12.3-14; Hebreus 9.22).
A
fim de primeiramente estabelecer, e então preservar essa relação entre si
mesmos e aqueles a quem se compraz em chamar Seu povo, Deus não apenas deu sua
palavra de promessa, mas igualmente se comprometeu solenemente em pacto
ratificado sob o reconhecido selo de sangue derramado. É nessa relação de
aliança que agora Deus chama os homens para se compactuarem Consigo; é com isso
imediatamente em vista que Ele os redime. Doravante,(De agora em diante) no
caso daqueles que assim respondem favoravelmente, é de acordo com as promessas
assim compactuadas que os homens têm relações com Deus, bem como obrigações
para com Ele, e uma base firme de confiança nEle.
Embora
existam dois concertos dessa espécie, neles há uma unidade e continuidade
essenciais. O mesmo alvo final é contemplado em ambos. O novo concerto foi
introduzido somente porque o antigo era ineficaz, e, de fato, sua intenção
jamais deixou de ser uma antecipação provisória de melhores coisas vindouras. O
segundo concerto superou o primeiro devido o fato de realizar completamente
aquilo que ao primeiro era impossível conseguir. Visto que essa realização é
eterna, o segundo concerto é a aliança eterna. Não há esperança de qualquer
outra provisão de Deus além dessa. O Cristianismo não apenas superou o
Judaísmo; mas é também a última palavra de Deus aos homens.
O
primeiro concerto falhou devido a duas razões.
1- Por um lado, o povo que participou do mesmo não cumpriu suas
condições; não permaneceram na aliança de Deus (Hebreus 8.7-9);
2- Por outro lado, suas instituições não tiveram
a capacidade de proporcionar aos homens verdadeira libertação do pecado e
consequente acesso à presença de Deus (Hebreus 10.1-4).
Vejamos ainda porque o segundo concerto supera
o primeiro:
1- O novo pacto é uma superior aliança,
instituídas sobre superiores promessas (Hebreus 8.6);
2-Remissão dos pecados aos que se
arrependem (Hebreus 9.16,17);
3-Transforma-os em filhos de Deus
(Romanos 8.15,16);
4-Provê uma experiência maior em
relação ao Espírito Santo (Romanos 8.26,27);
5- Acesso à presença de Deus
(Hebreus 10.19-22).
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