A TENTAÇÃO E A QUEDA DO HOMEM
A entrada do pecado no mundo
Gênesis 3.1-24
Em porção alguma a Bíblia provê em relato sobre a origem do
mal. Na qualidade de livro de redenção, ela descreve o modo pelo qual o pecado
entrou na esfera da experiência humana. Trata-se de um relato histórico sobre a
queda do homem. Todo esforço para se demonstrar que consiste numa série de
mitos fracassa diante da evidência de que é parte integral de uma narração
histórica e contínua.
Alguns acham que toda a narrativa de Gênesis 3 é uma alegoria que representa figuradamente a autodepravação do homem. A narrativa de Gênesis ensina-nos que ainda que o homem seja incapaz de realizar algum bem e esteja sujeito à lei da morte, é possível ao homem livrar-se do pecado e da morte por uma vida de comunhão com Deus.
Outros, que não negam o caráter histórico da narrativa de Gênesis, afirmam que pelo menos a serpente não deve ser considerada como um animal literal, mas apenas como um nome ou símbolo da cobiça, do raciocínio pecaminoso. Outros ainda asseveram que no mínimo, o falar da serpente deve ser entendido figuradamente. Mas todas estas interpretações são insustentáveis à luz da Bíblia.
Alguns acham que toda a narrativa de Gênesis 3 é uma alegoria que representa figuradamente a autodepravação do homem. A narrativa de Gênesis ensina-nos que ainda que o homem seja incapaz de realizar algum bem e esteja sujeito à lei da morte, é possível ao homem livrar-se do pecado e da morte por uma vida de comunhão com Deus.
Outros, que não negam o caráter histórico da narrativa de Gênesis, afirmam que pelo menos a serpente não deve ser considerada como um animal literal, mas apenas como um nome ou símbolo da cobiça, do raciocínio pecaminoso. Outros ainda asseveram que no mínimo, o falar da serpente deve ser entendido figuradamente. Mas todas estas interpretações são insustentáveis à luz da Bíblia.
A narração é considerada
histórica através do Antigo Testamento (Jó 31.33; Oséias 6.7; Eclesiastes 7.29; Isaías 43.27;) e também o Novo Testamento. O nosso
Senhor referiu-se de maneira indireta à queda (Mateus 19:4-5; João 8.44;), mas
Paulo cita claramente a descrição do Gênesis como fato histórico (2 Coríntios 11.3:
1 Timóteo 2:13-14).
Claramente vemos um elemento
considerável de simbolismo na descrição histórica da queda. As condições
históricas do homem no paraíso caracterizavam-se por um grau de unicidade mais
compreensível para os nossos primeiros pais do que para nós. O jardim
resguardado, a árvore da vida, a árvore do conhecimento, o mandamento
representando toda a lei, a forma da serpente como tentador e as espadas
semelhantes a fogo que serviam para guardar o paraíso – eram emblemas que
possuíam profundo significado espiritual bem como fatos. Ao defender o caráter
histórico da narração de Moisés sobre a queda, não devemos deixar de considerar
o seu simbolismo.
A
interpretação da história bíblica da tentação e queda do homem tem ocasionado
na Igreja considerável controvérsia.
1- O Jardim do Éden. (Gênesis 2.8)
Jardim do deleite, delícia, paraíso.
Localização. Muitos eruditos
tem feito sérias tentativas para identificar a localização geográfica do jardim
do Éden. Sugerem a Armênia ou a Babilônia. Também tem sido feitas tentativas
para identificar os quatros rios mencionados: Pisom, Giom, Tigre e Eufrates
(Gênesis 2.10-14). A localização dos rios Tigres e Eufrates é claramente possível.
Alguns sugerem que os outros dois rios sejam, talvez, o rio Nilo e o Indus. Outros
declaram que o dilúvio nos dias de Noé alterou o quadro, sendo difícil a
localização.
2- A Árvore da vida
Esta árvore não somente
representa a comunicação da via eterna ao homem, mas também a sua perene dependência
de Deus. Possivelmente, destinava-se a árvore da vida a ser um símbolo daquela
vida que o homem deveria sempre ter enquanto persistisse em obediência a Deus.
Notem que o motivo da expulsão de Adão e Eva do jardim foi para que não
tomassem também da árvore da vida após o ato de desobediência; ...”Então disse o Senhor Deus: Eis que o homem
é como um de nós, sabendo o bem e o mal; ora, pois, para que não estenda a sua
mão, e tome também da árvore da vida, e coma, e viva eternamente; o Senhor Deus
pois os lançou fora do jardim do Éden”... (Gênesis 3.22,23).
3- A Árvore do conhecimento do bem e do mal
Esta
representa conhecimento referente ao mal. O mandamento de Deus com relação ao
seu fruto era uma recordação constante da posição do homem como servo e mordomo. Chamava a atenção para
as obrigações morais que ele devia ao Criador. Foi a árvore que serviu de prova
à lealdade e à obediência do homem a vontade de Deus, dando-lhe a entender a
diferença entre o bem e o mal.
Não havia vergonha entre Adão e
Eva antes que o pecado entrasse no mundo. Somente depois que eles comeram do
fruto que Deus havia proibido, foi que eles sentiram vergonha um para com o
outro.
4- Certamente morrerás (Gênesis 2.17)
É de se notar
que a morte natural não estava em princípio destinada ao homem, pois Deus
determinara transferi-lo para um modo de existência superior através de novos
processos que não implicam corrupção, destruição ou violência. As palavras “no
dia” não suponham a morte dentro de pouco tempo, mas apenas que o momento da
queda marcava o início do reino da morte na vida humana (Romanos 5.12-21). Só à
misericórdia divina se deve o fato de
não sobrevir ao homem a morte imediata. E não se julgue que essa morte era
apenas material. O pecado trazia também a morte à alma, de sorte que graças ao
Espírito Santo pudesse reviver para Deus.
5- A serpente (Gênesis 3.1)
Os
interpretes judeus posteriores diziam que a serpente era o diabo disfarçado.
Esta doutrina surgiu tarde nas crenças judaicas. Temos diante de nós uma
serpente literal, classificada entre os animais selváticos, e não sobre os
seres sobrenaturais.
Gênesis
3.15 demonstra que um princípio maligno agia por trás da serpente. Para se
livrar do problema de uma serpente poder falar como um ser humano, muitos
interpretes antigos e modernos preferem crer em um acontecimento alegórico.
Porém, para outros interpretes é possível sim que satanás literalmente tenha
agido por intermédio da serpente.
Astuta. “Prudentes como a serpente” (Mateus 10.16)
Esta
sagacidade já devia ter sido observada pela mulher, pois não demonstrou sinais
de espanto quando a serpente falou com ela. O fato do jumento ter falado a
Balaão foi com toda certeza um milagre divino (Números 22.28); o fato da
serpente ter falado à mulher foi um acontecimento diabólico.
A Necessidade do Estado de Prova do Homem
Para que
Deus fosse glorificado pelo serviço voluntário do homem, ele deveria ser posto
à prova. A tentação foi permitida porque de nenhuma outra maneira poderia ser
provada e aperfeiçoada a obediência humana. A questão é a seguinte: Como foi
possível que um ser santo pudesse pecar?
Adão foi
feito santo, mas também foi dotado de livre arbítrio. Por isso, o seu estado de
santidade poderia ser perdido. A posição bíblica neste aspecto está claramente
exposta na Confição de Westminster, como se segue: “Deus criou o homem em ambos
os sexos, em retidão e verdadeira santidade, tendo a lei de Deus escrita no
coração e poder para cumpri-la; e, todavia, sob a possibilidade de
transgredi-la, deixado à liberdade da sua própria vontade, que está sujeita à mudança.
O homem é
um ser consciente de si mesmo e de determinação própria. Por isso exige uma lei
pela qual se determina o caráter – que pode obedecida ou desobedecida pelo
indivíduo.
Apesar da
santidade do homem, existiam nele certas susceptibilidades ao pecado. Primeiro,
possuía certos desejos físicos poderiam ser ocasião de pecado. A ocasião da
tentação foi a árvore da ciência do bem e do mal que o Senhor Deus tinha
colocado no meio do jardim. O fruto dessa árvore era proibido. Ela servia para
lembrar ao homem que algumas coisas poderiam ser feitas, ao passo que outras
eram proibidas e que o homem deveria sempre tomar decisões sábias.
O agente tentador foi a serpente que, como espírito enganador, apresentou os dons de Deus à luz de um entendimento falso. A tentação tomou forma de uma coisa boa, de um alimento agradável aos olhos, de algo que devia ser desejado para se chegar a ser sábio. Levado pelo desejo de pensar na possível satisfação, que a sabedoria era algo desejado pelos seres inteligentes, o seu aumento faria que o homem viesse a ser semelhante a Deus.
O agente tentador foi a serpente que, como espírito enganador, apresentou os dons de Deus à luz de um entendimento falso. A tentação tomou forma de uma coisa boa, de um alimento agradável aos olhos, de algo que devia ser desejado para se chegar a ser sábio. Levado pelo desejo de pensar na possível satisfação, que a sabedoria era algo desejado pelos seres inteligentes, o seu aumento faria que o homem viesse a ser semelhante a Deus.
Apesar te tentarmos de toda maneira entender os motivos que conduziram o ser humano ao pecado, é-nos impossível dizer com toda certeza como a tentação pôde encontrar um ponto de contato numa pessoa santa. E mais difícil ainda de explicar, a origem do pecado no mundo angélico.
Disse Deus:Não comereis deles, nem nele tocareis, para que
não morrais (Gênesis 3.3)
O pacto de
Deus com Adão era condicional. O homem tinha várias responsabilidades, e tinha
que realizar certas coisas positivas. Mas havia uma única coisa que não podia
fazer. Contudo, não foi capaz de evitar a única coisa que lhe fora dado a
fazer.
E, vendo a mulher que aquela árvore era boa para comer...
(Gênesis 3.6)
A
concupiscência dos olhos (1 João 2.16). O que a mulher via servia tanto para
alimento quanto para torna-la sábia.
A teologia
judaica sempre achou que o ato de Eva foi o mais culpado. Ela se permitiu ser
enganada. Adão mostrou-se mais resistente. Ele não se deixou enganar (1 Timóteo
2.14 “E Adão não foi enganado, mas a
mulher, sendo enganada, caiu em transgressão”). Por esta razão, segundo a opinião
de alguns, é fácil enganar uma mulher. Mas esta opinião não é apoiada por
todos.
No entanto,
na queda todos pecaram. O apostolo Paulo deixou isso bem definido; “Pelo que, como por um homem entrou o pecado
no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os
homens, por isso todos pecaram” (Romanos 5.12).
Os Resultados do Primeiro Pecado
1- Depravação total da raça humana. Esta completa corrupção do homem é ensinada na Bíblia (Gênesis 6.5; Salmos 14.3; Romanos 7.18)
2- Perda da comunhão de Deus. O homem perdeu a imagem de Deus no sentido de retidão espiritual e o resultado doi a morte espiritual (Efésios 2.1,5,12; 4.18)
3- Corrupção da consciência, revelando-se no sentido de vergonha, visto o esforço de Adão e Eva para cobrirem a nudez, e depois uma consciência de culpa
4- A morte física que resultou do primeiro pecado. Havendo pecado, ele foi condenado a retornar ao pó do qual fora tomado (Gênesis 3.19)
5- Mudança de resistência. O homem foi expulso do paraíso, porque este representava o lugar da comunhão com Deus, e era o símbolo da vida completa e de maior bem aventurança reservada para ele, se continuasse firme. Foi-lhe vedada a árvore da vida, porque esta era o símbolo da vida prometida na aliança das obras
Fonte:
1- Depravação total da raça humana. Esta completa corrupção do homem é ensinada na Bíblia (Gênesis 6.5; Salmos 14.3; Romanos 7.18)
2- Perda da comunhão de Deus. O homem perdeu a imagem de Deus no sentido de retidão espiritual e o resultado doi a morte espiritual (Efésios 2.1,5,12; 4.18)
3- Corrupção da consciência, revelando-se no sentido de vergonha, visto o esforço de Adão e Eva para cobrirem a nudez, e depois uma consciência de culpa
4- A morte física que resultou do primeiro pecado. Havendo pecado, ele foi condenado a retornar ao pó do qual fora tomado (Gênesis 3.19)
5- Mudança de resistência. O homem foi expulso do paraíso, porque este representava o lugar da comunhão com Deus, e era o símbolo da vida completa e de maior bem aventurança reservada para ele, se continuasse firme. Foi-lhe vedada a árvore da vida, porque esta era o símbolo da vida prometida na aliança das obras
Fonte:
Introdução a Teologia Cristã
H. Orton Wiley, S.T.D. e Paul T. Culbertson, Ph.D.
Novo Comentário da Bíblia
F. Davidson M.A.
Reverendo Dr. Russel P. Shedd
R.N. Champlin, Ph.D.
Teologia Sistemática
Louis Berkhof
Teologia Sistemática
Louis Berkhof
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